domingo, 28 de outubro de 2007

Um rural na zona urbana

Lá em uma cidadezinha no interior de São Paulo, na década de 80, vivia Roberto, um caipira com o C maiúsculo, era um daqueles que não sabia o que era cidade grande, de fato porque nunca foi a uma.
Era chegado o mês de junho, como de costume o pessoal de lá já estava organizando a “grande festa junina”.A festa ia contar com o famosíssimo cantor Francisquinho do sertão, obviamente cantava sertanejo.Ele era muito adorado nessa cidade,por isso é que ele não faz sucesso no resto do país.
Quando chegou o “grande dia”, todos estavam alegríssimos, tinha até a barraquinha do beijo. A festa não acabou até quando todos foram embora, lá por volta das 4 da manhã.
No dia seguinte, Roberto recebe um telefonema de São Paulo, comunicando que seu tio milionário havia morrido, e ele tinha que comparecer lá imediatamente, porque o seu tio já avia sido enterrado a uma semana e ele era o único herdeiro da grande fortuna.Roberto ficou muito espantado,pois na verdade nunca tinha se quer conhecido o seu tio de São Paulo,ele só sabia que ele existia,mas não dava notícias.
Dois dias depois ele chegou a São Paulo,quando ele desceu do ônibus uma bela moça já estava à sua espera,ela o – recepcionou, era uma mulher muito bem educada e inteligente,quando eles saíram da estação de ônibus ela chamou um táxi,Roberto como não sabia o que era táxi, perguntou:
-Que bicho é esse tar de táquisi???
Quando ele fez essa pergunta, Helena, sua acompanhante, deu risada, exibindo seus belos dentes brancos. No caminho até o cartório Roberto vendo a “grande São Paulo” ficou super impressionado, tudo ali para ele era muito novo. Quando Roberto e Helena chegaram ao cartório para “tratar das papeladas”, Roberto ficou como um “cego em tiroteio”, não soube o que fazer quando viu a porta de entrada, que era de roleta, Roberto não sabia o que fazer Helena com certeza deve ter tido a manhã mais engraçada de sua vida. Quando chegou a sua vez, sentou na cadeira, e perguntou ao juiz do cartório:
-É... o que eu vou fazê nesse paperrr???
-Assinar. - respondeu o juiz.
-O que é assinar?Badalar o sino? - ingenuamente perguntou Roberto
-Não!É apenas escrever seu nome completo, por extenso, senhor Roberto. – respondeu calmamente e educadamente o juiz.
Saindo do cartório Roberto decide passear pela grande cidade, com Helena. Depois de um dia muito engraçado, Helena resolve levar Roberto para a praça de alimentação do hotel, quando ela disse:
-Agora vamos jantar, vamos para a praça de alimentação do hotel.
Alegremente Roberto disse:
-Mais nessa praça tem um banco confortavi???
Dando risada Helena disse:
-Não é praça, é tipo um restaurante dentro do hotel.
Chegando na praça de alimentação do hotel, o garçom puxa a cadeira pára Helena se sentar, Roberto como não entendia, ficou em pé esperando e olhando, depois o garçom gentilmente puxou a cadeira para Roberto se sentar, na hora que o garçom puxou, Roberto gritou:
-Deixa aqui a minha cadeira seu moço ladrão!!!
Todos ao redor deram muita risada, até mesmo o garçom.
Depois enquanto eles estavam esperando a comida Roberto disse:
-Achu que agora estô rico. Purisso tenhu que aprendê ingrêis.
Rindo, Helena corrigiu:
-Não é ingrêis é inglês.
-É qui nóis lá da minha cidade num fumu muito pra escola. – argumentou Roberto.
-Mas não pode fumar mesmo na escola. – disse Helena sem perceber o erro de português cometido por Roberto.
-Não! Nóis num friqüentava muito a escola. – “corrigiu” Roberto.
-Ahhhhh! – disse Helena ao perceber o erro de português de Roberto.
Depois Roberto estava com uma dúvida, e perguntou:
-Helena, o que querrrrrrrr dizê uati???
-Não Roberto, é what. – percebendo o erro de pronúncia cometido por Roberto.
-Mais o qui qué dizê issu??? – perguntou Roberto.
-O que – respondeu Helena.
-What! – “respondeu” Roberto, sem perceber que ela tinha o-respondido, não perguntado.
-O que. – respondeu novamente Helena.
-A senhora ta surrrrrrda é??? Eu disse what. – “respondeu” novamente Roberto, sem perceber que ela tinha o-respondido novamente, não perguntado.
-Não Roberto, what em português quer dizer o que. – respondeu sabiamente Helena.
Roberto ficou muito envergonhado pela sua burrice.
Derrepente o garçom vem e traz os dois pratos, enquanto ele ia servindo Roberto, o caipira começa a abrir um sorriso e começa a comer.
Ao fim de sua refeição ele arrotou, alguns ficaram com nojo, outros deram risada, logo depois Roberto pediu desculpas à todos, muito envergonhado.
Depois quando ele ia tomando o rumo para o seu quarto, Helena chegou, desejou boa noite para ele, foi quando “rolou um clima” entre os dois, os olhos de Roberto estavam brilhando assim como os da Helena, foi quando os dois não resistiram e se-beijaram.
Três meses depois, Roberto pediu Helena em casamento, para a-levar para Cachimboa, a sua cidade, ela convictamente aceitou e se mudou para lá, ela se formou em magistério e se tornou professora, e Roberto o cantor, Roberto criou muitos fãs, em Cachimboa, é claro, tudo isso pro causa de uma música que o refrão dizia:
“Fui pra São Paulo, uma cidade boa, onde conheci minha patroa, que truce pra Cachimboa...”

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O eterno sorridente

Estavam todos na mesa do jantar, pois era domingo, o dia que a família se reunia, num momento profundo de silêncio antes da grande bagunça que ia por vir, acontece um imprevisto, um som que todos já escutaram, mas ninguém quer emitir. Miguel, a única criança da família dá uma risadinha... Todos da mesa já poderiam ter a certeza de quem foi engraçadinho...Só podia ser o Rômulo,o vovô da família,todos da mesa ficaram com muito nojo,mas como todos dalí eram bem íntimos,prosseguiram o jantar.
Terminado o jantar, todos foram sentar no grande sofá da sala, o mesmo que já tinha convivido muitas e muitas alegrias da família.Não poderia haver outra ocasião melhor para Rômulo soltar suas piadinhas sem-graça,quando Rômulo começou a piada,todos alí ao redor murmuravam:
-Lá vai!
Rômulo como quem não ouviu nada, começou:
-Gui!
Guilherme faz aquela cara de abatido, como quem não está interessado, como todos dalí,disse:
-O que foi vovô?
-Gui... -olha que ele está se referindo a um homem de 23 anos - Sabe o que o fósforo falou para a caixinha de fósforo?
Guilherme em um tom de muita intolerância disse:
-O que vovô?
Em um tom de muita alegria de Rômulo, disse radiante:
-O fósforo disse para a caixinha que: Por ti eu perco a cabeça!
Ele obviamente deu risada, mas para a sua decepção ninguém deu nenhum riso, nem mesmo Miguel, que dá risada por qualquer coisa, e para deixá-lo ainda mais triste, Ronaldo, o mais inteligente e também o mais metido, disparou:
-Guilherme!Tenho uma piada para te contar.
-Diga!-Disse Guilherme, de forma curiosa.
-Um avião cheio de políticos partiu para a Europa. No meio do caminho o avião começa a ter problemas e cai. Agora eu te pergunto, qual é a diferença de acidente para a tragédia?
Guilherme não soube responder. Então Ronaldo concluiu sua piada.
-O acidente foi a queda do avião, já a tragédia foi que os políticos sobreviveram.
Não faltaram risos e gargalhadas, Miguel quase chorou de rir,mas ninguém percebeu que Rômulo saiu,foi ao banheiro bem devagar, com a mão no peito, parecia realmente muito mal.
Passaram-se uma hora e Rômulo ainda não tinha chego, foi quando Marta, sua mulher, notou a sua falta. Perguntou a Rose, sua filha, mas Rose não sabia.
Quando Marta foi verificar no banheiro, se deparou com uma cena deprimente. Rômulo estava caído no banheiro, havia uma enorme poça de sangue no chão e também uma mancha de sangue na quina da pia do banheiro, certamente porque Rômulo poderia ter batido a cabeça na quina da pia.
Marta berrou muito enquanto todos estavam na sala, dando risada a mais uma engraçada piada contada por Ronaldo. Quando Rose percebeu e foi até lá ver o que tinha acontecido, ficou desesperada, pois era o seu pai alí, e gritou pedindo para ligar para uma ambulância imediatamente.
Todos começaram a ficar desesperados, quando a ambulância chegou já era tarde. Os enfermeiros foram até Marta para comunicar o falecimento de seu marido, quando os enfermeiros comunicaram, Marta ficou muito abalada, Marta desmaiou, todos da casa ficaram desanimados.
No velório não faltou choro e tristeza, principalmente da parte de Marta, Rose e Miguel.
Era chegado o dia do enterro, a família toda compareceu, era um enterro muito triste, Marta, Rose e Miguel choravam bastante, lamentavam a morte de Rômulo. Quando o caixão ia descer na cova, Marta fez um discurso muito tocante:
-“Quando Rômulo estava presente não soubemos dar a atenção que tanto lhe fazia contente, agora, só nos sobrou a lembrança de seu rosto sorridente.” – Enquanto ela dizia essas palavras, o caixão descia.
Foi quando ninguém resistiu e choraram muito.

Oscontus

Olá!!!
Sejam todos muito bem-vindos ao meu blog!!!
Espero que se divirtam,pois fiz especialmente e unicamente a vocês.
Comentem se possível.
Voltem sempre!
Abraços!